14 novembro 2007

Quando a suposta fronteira entre a ciência e a ética é uma linha muito ténue...


"My childhood dream about science has become reality to a large extent. On the whole, we are now much better off, and most of the betterment is due to advances in science and technology. But these very advances have also increased the dangerous outcomes of a war."

Joseph Rotblat


Físico britânico de família judaica de origem polaca. Foi galardoado com o Prémio Nobel da Paz em 1995, em conjunto com a organização de luta contra as armas nucleares, a Pugwash, de que foi um dos fundadores.

.

O movimento nasceu a partir de um manifesto publicado em Londres dois anos antes no qual alguns cientistas de diversas áreas como o físico Albert Einstein, o filósofo e matemático Bertrand Russel e o químico Linus Pauling consideravam que os cientistas devem assumir a responsabilidade das suas investigações, experiências e criações, incluindo a bomba atómica.

1 comentário:

O Adamastor disse...

Creio ser evidente que essa fronteira cada vez mais tem razão para existir mas também é certo que ela é tão frágil quanto mais frágil for a consciência do indivíduo.
Temos muitos exemplos históricos disso, uns mais conhecidos outros menos mas é inegável que o abraçar uma atitude ética pode ser a diferença entre uma fonte de energia necessária ou uma arma de destruição de grande escala.
Quando se discute este tema gosto de sublinhar o caso de Von Braun, um eminente físico do princípio do século passado, que tinha por paixão os foguetões.
Como em muitos outros casos o senhor Von Braun teve que "alinhar" e foi nazi por conveniência de meios, instalações, recursos, mão de obra, tempo (que depois até escasseou) etc.
A história mostra na persecussão desse sonho, Von Braun ia ganhando a WWII e se tivesse tido mais um mesito talvez a história fosse diferente da que é hoje.
Depois de uma captura abençoada e de uma desnazificação estratégica ele rumou para os EUA e foi lá que ensino literalmente os americanos a fazer foguetões. Graças a ele, a promessa de kennedy "teve meios para subir" e a exploração
espacial deve-se a este senhor que participou, não de modo confitmado, em crimes contra a humanidade. Eu penso que os meios não justificam os fins e tudo se resume a isso.