15 agosto 2007

Que educação? Que futuro?

"Os últimos vintes anos foram duas décadas de fortes investimentos no ensino, mas esses investimentos visaram mais os aspectos quantitativos do que a qualidade do ensino. Mais do que virar o ensino para o futuro, as políticas educativas andaram a reboque da massificação do ensino. Neste momento Portugal deveria estar a discutir o futuro do ensino, a modernização das escolas e a preparação dos professores. Deveria estar a equacionar a necessidade de adaptar os programas de ensino às exigências do futuro e a preparar o corpo docente para que os recursos humanos das escolas estivessem empenhados na mudança.

As escolas do futuro serão os pequenos campos de concentração de hoje com mais duas de mão de tinta? Os professores dessas escolas serão os proletários da Administração Pública em que os governos querem transformar os professores? O que vamos ensinar nas escolas? Os últimos anos têm sido desastrosos, as escolas servem para proporcionar a escolaridade mínima a qualquer custo, sem mínimos de exigências. Em desespero as políticas educativas estão sendo transformadas em escolas profissionais de má qualidade. Não só não proporcionam uma adequada preparação dos jovens para a vida profissional, como estão a perder dimensão cultural.

Para modernizar o ensino não bastas instalar uns quadros electrónicos, distribuir portáteis a com desconto e ligar as escolas à internet, uma boa parte dos alunos já conta com esses recursos e os resultados não se fazem sentir. A escola é um todo dinâmico cujo sucesso depende de todos os intervenientes e dos recursos com que contam, para modernizar a escola não basta distribuir equipamentos, isso terá pouco mais resultados do que pintar uma escola. "

excerto do artigo: Que ensino teremos daqui a vinte anos? in jumento


O que estamos a assistir à uma educação com fins estatísticos, apenas!
Como sempre, o que interessa são os resultados a curto prazo, a estratégia e planeamento a longo prazo não faz parte das preocupações, afinal de contas, não são essas as medidas que permitem ganhar eleições!! Vemos a propagação do facilitismo, da distribuição de certificados de aptidões e competências profissionais, que servem apenas para mascarar a falta de formação e qualificação.
Que futuro? Cada vez mas o país troca mão de obra qualificada, porque cá não encontra lugar, após um longo investimento na sua formação, por mão de obra não qualificada e cada vez mais barata!

1 comentário:

isabel mendes ferreira disse...

já nem sequer é um país "adiado"....


antes uma rua....por alugar.

:((
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