14 agosto 2007

O fosso entre ricos e pobres atingiu uma dimensão inédita.

As diferenças salariais entre administradores e restantes trabalhadores podem explicar o agravamento das desigualdades.

"Portugal não pode continuar a ser um dos países europeus em que a pobreza e a desigualdade entre os que trabalham é maior". A afirmação consta do programa do Governo, mas os mais recentes dados estatísticos sugerem que o País detém e vai continuar a deter aquele que é um dos recordes menos cobiçados do mundo desenvolvido.

Contrariando a tendência europeia, Portugal é hoje não apenas o "campeão", mas também o Estado-membro da União Europeia onde as disparidades de rendimento mais se acentuaram nos últimos anos.

jornal de negócios

4 comentários:

Anónimo disse...

N�o me admira absolutamente nada.

S� o Belmiro, neste �ltimo ano duplicou a sua fortuna...

Na TVI disseram que os administradores das empresas portuguesas ganhavam mais que os dos EUA...

Mas claro, ainda querem a FLEXseguran�a, devem achar que os recibos verdes ainda t�m direitos a mais!

Bem voltei para Portugal a pensar que as coisas n�o eram t�o m�s como diziam... mas pura ilus�o, n�o vale a pena remar contra a mar�... se todos partem � por alguma raz�o!

Francisco Pereira

CHEVALIER DE PAS disse...

Pois eu consigo fazer uma análise ainda pior,

-então, se agora à minha geração, e às mais novas, nos dizem, que temos que nos deslocar para onde há trabalho, que somos assim uma espécie de "sem terra" das civilizações modernas.

- e, com os salários que se praticam em Portugal, a minha geração, e as mais novas, têm de facto excelentes condições para se deslocarem para onde há trabalho, das duas uma, ou comem e dormem de baixa da ponte, ou têm uma cama quentinha, mas esfregam a barriga de fome, sim, porque digam-me lá senhores gurus da gestão, qual é o salário médio em Portugal.

- ah, última das últimas, nós temos que meter nas nossas cabecinhas que não vamos ter a mesma profissão para toda a vida, há que reciclar competências e afins. Bom já estou a imaginar o futuro, ora bem, 10 anos sou bate-chapas, depois faço uma reciclagem de conhecimentos e passo a ser sapateiro durante prá aí uns 9 anos, depois faço nova reciclagem de conhecimentos uns cursos de formação e tal e passo a ser empresário na área das indústrias amigas do ambiente durante uns mais uns 15 anos, sim, que cá pra mim esta é que tem mais futuro. Bom, e com isto tudo, já lá vão 34 anos de trabalho, e se juntarmos a entrada no mercado de trabalho aos 30 anos, sim porque quanto mais tarde melhor, mais 5 anos a fazer reciclagem de conhecimentos, ora bem, se não me enganei nas contas, estou agora com 69 anos, ora nem mais, está na altura de ir fazer o curso de medicina. Que isto é trabalhar até morrer!

- Mas ouçam lá ó cabecinhas pensadoras da gestão, mas alguém tem que aceitar isto e calar-se? mas está tudo maluquinho? mas isto é normal? mas isto são políticas de recursos humanos, por favor tirem a palavra humanos destas políticas porque me estão a ofender, a mim, à minha geração e às mais novas. mas alguém no seu estado normal tem que aceitar isto que nos querem impingir?


Para esses inventores da flexisegurança, esses gurus da gestão, que não sabem o que dizem, muito menos o que fazem, a minha pena é a que deveriam ser todos irradicados, presos em celas de alta segurança, e proibidos de pensar, deveriam lhes fazer uma lobotomia, isto tudo, por todos os CRIMES PRATICADOS CONTRA A HUMANIDADE.

Anónimo disse...

Se não fosse trágico, era cómico!
Uma tristeza.

Sea Spirit disse...

Bem, verdade! Tão trágico que chega a ser cómico!

Suportar tudo, boca calada e ainda um sorriso no rosto!

Por vezes tenho a sensação que neste país temos de pedir desculpa por existir!!