13 junho 2007

O motor humano



É raro vermo-nos dessa maneira, mas cada um de nós é um motor que trabalha a energia renovável. Não só difere dos outros motores convencionais apenas no combustível, existem acções, como por exemplo o desligar, que não é passível de se fazer. Este continua a trabalhar mesmo que aparentemente não seja necessário. Aparentemente porque funções como o movimento cardíaco ou a regulação da temperatura são vitais e requerem que esteja sempre a trabalhar e é por isso que o nosso corpo apenas funcione numa pequena gama de temperaturas.

Olhemos mais cuidadosamente: Diariamente as refeições contêm energia entre 8 a 10 MJ o que é equivalente a 100W ou 0,25L de gasolina, combustível esse que apenas daria para andar 2 ou 3 minutos com o automóvel. Dessa quantidade apenas requeremos uma pequena parte para as funções vitais, ou seja o resto é perdido em calor por radiação, convecção e evaporação. Em condições normais a convecção e a radiação levam grande cota parte dessa perda mas quando realizamos algum tipo de esforço a evaporação toma a dianteira e por cada 100W adicionais o corpo verte suor ou pede-nos para beber líquidos e para tais valores necessita de 0,18L/h de água.

Em resumo, exercício físico implica suor para nivelar o excesso de energia produzido. Por isso um conselho: não tente quebrar o record mundial de natação em 1000m numa piscina a 37ºC, é que é capaz de não viver o suficiente para não receber o prémio! Para onde iria o calor então?

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