«As pessoas do Não têm os seus valores e têm a liberdade para viverem de acordo com eles. Se a lei mudar continuarão a poder fazê-lo. Mas uma percentagem muitíssimo alta de portugueses e portuguesas não tem, neste momento, a mesma liberdade. Na situação actual, o estado português protege os valores específicos dos defensores do Não e não garante a liberdade de escolha aos e às restantes portugueses e portuguesas. O Sim é um voto pela liberdade de escolha de toda a gente - incluindo os defensores do Não. O voto no Não é, pelo contrário, um voto que pretende tomar decisões pelas outras pessoas, impondo uma visão específica (e não apenas defendendo a sua, já que essa continuará salvaguardada. O Sim acrescenta. O Não continua a subtrair.» [link]
19 janeiro 2007
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3 comentários:
Parece-me que essa argumentação é simplista e redutora. Será que quem defende o não apenas faz por "birra", por querer impor o seu live stile aos que os rodeiam???
Uma sociedade tem um conjunto de valores que a caracterizam, quem defende o não no fundo está a defender esses valores, que acredita serem os correctos.
Está mais do que provado que nem tudo pode ser deixado ao livre arbitio dos homens. Agora se o aborto é esse caso ou não, já é uma questão pessoal.
Uma lei tem que ser justa e principalmente aplicável, senão passa a ser uma farsa.
O problema da actual lei é que é desrespeitada pela generalidade da população, se uma mulher precisar de fazer um aborto a sua última preocupação é a lei. A lei dificulta a logística, mas não é suficientemente eficaz para impedir o aborto.
O problema da lei é que ela pressupõe uma sociedade e um estado que infelizmente não existem.
Realmente as leis tem de reflectir os valores da sociedade actual. Deixo uma nota, mas se temos uma sociedade cada vez mais fria com menos valores,que tipo de leis iremos ter se todas reflectirem o estado actual?
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