A partir do próximo ano, para concluir o 12.º ano basta ter mais de 18 anos e 3 anos de experiência profissional. Nestas condições uma pessoa pode dirigir-se aos "centros de reconhecimento, validação e certificação de competências" e se mostrar ser habilidoso e competente conferem-lhe o 12.º ano.
Não faltará escolha, porque o Governo ambiciona criar 270 centros. Nesta matéria, a ambição é tanta que até 2010 pretende que 650 mil adultos passem por estes centros para obter um diploma do ensino básico ou do ensino secundário. Trata-se, portanto, de uma receita que já é aplicada há alguns anos no ensino básico e que agora é estendida ao 12.º ano. Ficaremos então todos muito competentes e contentes. Venceremos a batalha da competitividade e do analfabetismo, pelo menos estatisticamente.
Até aqui, tudo muito bem, pelo menos tolerável, só que este diploma também confere a possibilidade de continuação de estudos no ensino superior!
Inacreditável, até agora eram precisos 12 anos de estudos, em diversas matérias, agora é preciso apenas 18 anos e três no mercado de trabalho...
3 comentários:
Mas no CRVCC, têm "cadeiras" ou "modulos" durante uns meses ou anos com exames finais. Eu pessoalmente concordo, para quê tanta teoria....
Sim, de facto é verdade! Para quê tanta teoria? Por isso existem cursos profissionais, com vertente completamente prática e que ensinam ás pessoas uma profissão!!
Alguém conhece o tipo de formação e exames finais que são feitos neste processo? Lembrem-se o objectivo é : "não chumbar ninguém!"
Os tempos mudaram. A sociedade deixou de ser empregadora para ser empreendedora!
As empresas já não se fixam no país por vantagem comparativa de custos de produção.
Tem que haver interligação de empresas e universidades, e que as filiais que se instalam cá, sejam vitais para o funcionamento da empresa-mãe. Isto só acontecerá com técnicos altamente qualificados.
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